O
SACRIFÍCIO
(Ironia)
Tanto eu tenho chorado
Pelos
nossos governantes
Já que
tanto têm lutado
Para bem
dos semelhantes
Que sina
negra e atroz
Que vida
tão desgraçada
Passa esta
gente coitada
A lutar
por todos nós
Comove-me
a sua voz
Vivo
triste amargurado
Que
maldito e negro fado
As
lágrimas correm-me em fio
Como as
águas dum rio
Tanto eu
tenho chorado
Infelizes,
coitadinhos
Como ninguém
imagina
A sua
maldita sina
Está
cravada de espinhos
Passam anos inteirinhos
Em debates suplicantes
E choram muitos instantes
Com pena do pobre povo
Por isso eu me comovo
Pelos nossos governantes
Nunca
roubaram um tostão
É gente de
confiança
E a
Justiça logo avança
De olhos
na corrupção
Ai de
algum que deite a mão
A um tostão do Estado
Passa a vida encarcerado
Nas masmorras da prisão
São defensores da razão
Já que quem tanto têm lutado
Todos querem nosso bem
Na falácia ali travada
Choram as pedras da calçada
Com os debates que eles tem
Nunca assim sofreu ninguém
Angústias tão lancinantes
Não são homens, são gigantes
São figuras imortais
Feitas de valores morais
Para bem dos semelhantes.
Leonel
Santos
Lisboa,
fevereiro2013
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